PORTARIA SECEX Nº 33, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2010

DOU 28/12/2010

Revogado pelo art. 266 da Portaria Secex nº 23, DOU 19/07/2011

 

Dispõe sobre certificados de origem na exportação, leilão de coco na importação e outros.

 

O SECRETÁRIO DE COMÉRCIO EXTERIOR DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelos incisos I e XIX do art. 15 do Anexo I ao Decreto nº 7.096, de 4 de fevereiro de 2010, e considerando a modernização das operações de comércio exterior, como a automação e a padronização dos procedimentos de emissão de certificados de origem preferenciais, resolve:

 

Art. 1º Os artigos 11, 233-A a 233-E e a Seção XXI-A da Portaria SECEX nº 10, de 24 de maio de 2010, passam a vigorar com a seguinte redação:

 

..................................................................................................

 

"Art. 11. ...................................................................................

 

§ 1º ...........................................................................................

 

§ 2º O licenciamento não automático amparando a trazida de mercadoria sujeita à anuência da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) poderá ser efetuado após o embarque da mercadoria  e anteriormente ao despacho aduaneiro, quando previsto na legislação específica, desde que o produto não esteja sujeito a licenciamento prévio ao embarque por força de anuência de outro Órgão.

 

........................................................................................"(NR)

 

..................................................................................................

 

"Seção XXI-A

Certificados de Origem Preferencial

Subseção I

Autorização para Emissão de Certificados

 

Art. 233-A. Somente poderá efetuar a emissão de certificado de origem preferencial, no âmbito dos acordos comerciais em que o Brasil é parte, a entidade privada previamente autorizada pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), conforme lista constante do Anexo U.

 

§ 1º A autorização de que trata o caput não se aplica aos certificados de origem previstos nas Seções XX (SGP) e XXI (SGPC), bem como nos artigos 2º, 5º e 6º (relativos às carnes de aves para União Européia) e 7º (referentes ao açúcar para União Européia) do Anexo P.

 

§ 2º As entidades não relacionadas no Anexo U não estão autorizadas a atuar em nome da SECEX para a emissão dos certificados de que trata o caput.

 

Art. 233-B. Para obtenção da autorização referida no art. 233-A, a entidade deverá cumprir os seguintes requisitos:

 

I -    possuir sistema informático com processamento online dos documentos que possibilite a emissão de certificados de origem com assinatura digital;

 

II - obter a homologação, pelo Departamento de Negociações Internacionais (DEINT) da SECEX, do sistema emissor de certificado de origem preferencial de que tratam os artigos 233-D e 233-E.

 

§ 1º As entidades que pleiteiam a autorização para emissão de certificados de origem preferencial, bem como as que atualmente estão autorizadas por meio do Anexo U, terão até o dia 1º de maio de 2011, para notificarem sobre o seu sistema informático de emissão, e até 1º de julho de 2011, para implementá-lo.

 

§ 2º Após 1º de julho de 2011, será editado novo Anexo U, contendo a nova lista de entidades autorizadas a emitir certificados de origem preferencial.

 

Subseção II

Cancelamento da Autorização

 

Art. 233-C. O cancelamento da autorização da entidade emissora de certificado de origem preferencial ocorrerá:

 

I - a pedido;

 

II - de ofício, nas hipóteses em que a autorizada:

 

a)     não cumpra os requisitos para a emissão definidos pelo acordo comercial correspondente ou pelo DEINT;

 

b)     não forneça, dentro dos prazos estipulados, as informações solicitadas pelo DEINT acerca da emissão dos certificados de origem;

 

c)     não execute a prestação de serviço ao operador de comércio exterior de forma satisfatória; e

 

d)     não mantenha seu sistema informático atualizado, nos parâmetros estabelecidos no art. 233-D.

 

Parágrafo único. Sempre que a SECEX retirar a autorização concedida a uma entidade privada, será feita nova edição do Anexo U prevista no § 2º do art. 233-B.

 

Subseção III

Emissão do Certificado de Origem Preferencial

 

Art. 233-D. A emissão do certificado de origem preferencial deverá ser feita a partir de aplicativo desenvolvido pela entidade privada, com a utilização de tecnologia da informação em processo online, conforme o conjunto de especificações, padrões e procedimentos técnicos da Certificação de Origem Digital (COD), definidos na ALADI.

 

§ 1º Os requisitos para o sistema informático constam no sítio eletrônico do MDIC (http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna. php?area=5&menu=2251&refr=406) bem como o cronograma de implementação.

 

§ 2º Para efeito da emissão do Certificado de Origem Digital (COD), fica estabelecido um código, para cada uma das Entidades listadas, conforme definido no Anexo U.

 

Art. 233-E. O certificado de origem poderá ser impresso em papel ou emitido em formato eletrônico, conforme estabelecido no respectivo acordo comercial.

 

§ 1º Quando emitido em papel, deverá conter assinatura autógrafa do funcionário registrada na Associação Latino-Americana de Integração (ALADI).

 

§ 2º Quando emitido em arquivo eletrônico, deverá ser assinado digitalmente por funcionário com o respectivo Certificado de Identificação Digital armazenado no Sistema de COD da ALADI.

 

§ 3º As Entidades listadas deverão observar o disposto nos respectivos Acordos, para a emissão dos Certificados de Origem.

 

§ 4º O descumprimento do estabelecido nesta Seção e nas demais normas que regem a matéria, sujeitará as referidas Entidades às sanções previstas nos respectivos Acordos e na legislação brasileira.".

 

..................................................................................................

 

Art. 2º Os Anexos C, P e U da Portaria SECEX nº 10, de 24 de maio de 2010, passam a vigorar com a seguinte redação:

 

"ANEXO "C"

PRODUTOS SUJEITOS A PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

 

..................................................................................................

 

IV - COCOS SECOS, SEM CASCA, MESMO RALADOS - NCM 0801.11.10

 

a)As importações brasileiras do produto sujeitam-se às quantidades nos períodos trimestrais abaixo indicados, por força de aplicação de medida de defesa comercial na forma de salvaguarda sobre as importações iniciada por intermédio da Circular SECEX nº 42/2001, encerrada com a Resolução CAMEX nº 19, de 30 de julho de 2002, e prorrogada pelas Resoluções CAMEX nº 19 e 51, de 25 de julho de 2006, e de 27 de julho de 2010, respectivamente.

 

 

QUANTIDADE – toneladas

 

 

PERÍODO

 

1.442,5

 

De 01/09/2010 a 30/11/2010

 

 

1.442,5

 

De 01/12/2010 a 28/02/2011

 

 

1.442,5

 

De 01/03/2011 a 31/05/2011

 

 

1.442,5

 

De 01/06/2011 a 31/08/2011

 

 

b) O contingente relativo ao segundo período acima será integralmente administrado por intermédio de leilão a ser realizado em 6 de Janeiro de 2011 pela Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB, conforme Termo de Cooperação Técnica nº 002, de 2010, firmado entre a CONAB e a União, por intermédio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, limitandose a cota máxima a ser obtida por uma mesma empresa ao equivalente a 432.750 kg do produto.

 

b.1) As regras para participação do leilão serão estabelecidas pelo SECEX/DECEX - Departamento de Operações de Comércio Exterior da Secretaria de Comércio Exterior e divulgadas por intermédio de edital da CONAB.

 

b.2) As importações do produto estão sujeitas a licenciamento não automático, previamente ao embarque da mercadoria no exterior.

 

b.3) A concessão dos licenciamentos é de competência do DECEX/COEXC, devendo o importador:

 

b.3.1) registrar no SISCOMEX licença não automática com dados correspondentes àqueles constantes da Autorização de Venda de Terceiros - AVT obtida junto à CONAB, cujos número e data deverão ser mencionados no campo Informações Complementares; e

 

b.3.2) apresentar solicitação de deferimento, por meio de Ofício encaminhado na forma do art. 248 da Portaria SECEX nº 10, de 2010, indicando os números da licença de importação e do correspondente AVT.

 

b.4) Somente serão deferidos licenciamentos registrados em nome do arrematante ou de empresas do mesmo grupo.

 

b.5) Constará dos licenciamentos a cláusula abaixo, indicativa dos prazos para desembaraço constante das aludidas Resoluções CAMEX: "Este licenciamento somente será válido para despacho aduaneiro para consumo até 05.04.2011"

 

c) Ficam isentos da medida de salvaguarda as importações originárias dos seguintes países Membros da Organização Mundial do Comércio - OMC: África do Sul, Angola, Antigua e Barbuda, Ilhas Bahrein, Bangladesh, Barbados, Belize, Benin, Estado Plurinacional da Bolívia, Botsuana, Brunei Darussalam, Burkina Faso, Burundi, Camarões, Catar, República Centro-Africana, Chade, Chile, República Popular da China, Chipre, Colômbia, Congo, República Democrática do Congo, Costa Rica, Coveite, Cuba, Djibuti, Ilha Dominica, Egito, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Equador, Fiji, Gabão, Gâmbia, Granada, Guatemala, Guiana, Guiné, Guiné Bissau, Haiti, Honduras, Jamaica, Jordânia, Lesoto, Madagascar, Malavi, Maldivas, Mali, Malta, Marrocos, Mauritânia, Maurício, Mianmar, Moçambique, República da Moldávia, Mongólia, Namíbia, Nicarágua, Niger, Nigéria, Omã, Panamá, Papua Nova Guiné, Paquistão, Peru, Quênia, Ruanda, Ilhas Salomão, Ilhas São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Senegal, Serra Leoa, Suazilândia, Suriname, Tailândia, Taipé Chinês, Penghu, Kinmen e Matsu, República Unida da Tanzânia, Togo, Trinidad e Tobago, Tunísia, Turquia, Uganda, Venezuela, Zâmbia e Zimbábue. A medida de salvaguarda também não terá aplicação no âmbito do Mercosul.

 

d)As cotas não arrematadas e as cotas arrematadas, mas não desembaraçadas durante o trimestre, considerada a alínea b.5, serão transferidas para distribuição no período subseqüente;

 

e)Serão divulgados, oportunamente, os critérios de distribuição das cotas alusivas aos períodos seguintes.

........................................................................................"(NR)

 

..................................................................................................

 

"ANEXO "P"

EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS SUJEITOS A PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

..................................................................................................

 

CAPÍTULO 93 ARMAS E MUNIÇÕES; SUAS PARTES E ACESSÓRIOS

 

Art. 18. As exportações estão sujeitas ao pagamento de 150% (cento e cinqüenta por cento) de imposto de exportação, quando destinadas à América do Sul, inclusive Caribe (Resoluções CAMEX nº 17, de 6 de Junho de 2001, e nº 88, de 14 de Dezembro de 2010).

 

Parágrafo único. Excetuam-se das disposições contidas neste artigo:

 

I -    os produtos exportados para Argentina, Chile e Equador;

 

II -   as exportações desses produtos para consumidores autorizados por certificados de usuário final e desde que destinados a uso exclusivo das Forças Armadas e autoridades policiais das localidades mencionadas;

 

III - as exportações de armas de fogo de uso permitido, classificadas no código 9302.00.00 e na posição 9303 da NCM, e desde que possuam dispositivo intrínseco de segurança e de identificação, devendo ser gravado no corpo da arma o país de origem, nome ou marca do fabricante, calibre, número de série impresso na armação, no cano e na culatra quando móvel e ano de fabricação se não estiver incluído no sistema de numeração serial;

 

IV - as exportações de armas de pressão e suas respectivas munições classificadas nos códigos 9304.00.00 e 9306.29.00 da NCM; e

 

V - as exportações de munições e cartuchos de munição de uso permitido, classificadas nos códigos 9306.21.00, 9306.29.00 e 9306.30.00 da NCM, e desde que estejam acondicionados em embalagens com sistema de código de barras, gravado na caixa, que possibilite a identificação do fabricante e do adquirente."(NR)

 

................................................................................

 

"ANEXO "U"

LISTA DE ENTIDADES AUTORIZADAS PELA SECEX A EMITIR CERTIFICADOS DE ORIGEM

 

 

Entidade

 

Código da Entidade

p/emissão do Certificado

de Origem Digital (COD)

 

Associação Comercial de Porto Alegre (RS)

1

Associação Comercial de Santos (SP)

2

Associação Comercial do Estado do Paraná

3

Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá (PR)

4

Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande (RS)

5

Centro de Comércio do Café do Rio de Janeiro

6

Confederação das Associações Comerciais do Brasil

7

Confederação Nacional do Comércio

8

Federação da Agricultura do Estado do Pará

9

Federação das Associações Comerciais do Estado da Bahia

10

Federação das Associações Comerciais do Estado de Alagoas

11

Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo

12

Federação das Associações Comerciais do Estado do Ceará

13

Federação das Associações Comerciais do Estado do Rio Grande do Norte

14

Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul

15

Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Pernambuco

16

Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Mato Grosso

17

Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Rio de Janeiro

18

Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado Paraná

19

Federação das Associações Comerciais e Industriais do Distrito Federal

20

Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Roraima

21

Federação das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Tocantins

22

Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris do Estado de Sergipe

23

Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris do Estado do Espírito Santo

24

Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropastoris do Estado do Pará

25

Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás

26

Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais

27

Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina

28

Federação das Associações Empresariais do Maranhão

29

Federação das Associações Empresariais do Mato Grosso do Sul

30

Federação das Indústrias do Distrito Federal

31

Federação das Indústrias do Estado da Bahia

32

Federação das Indústrias do Estado da Paraíba

33

Federação das Indústrias do Estado de Alagoas

34

Federação das Indústrias do Estado de Goiás

35

Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

36

Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco

37

Federação das Indústrias do Estado de Rondônia

38

Federação das Indústrias do Estado de Roraima

39

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

40

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

41

Federação das Indústrias do Estado de Sergipe

42

Federação das Indústrias do Estado do Acre

43

Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

44

Federação das Indústrias do Estado do Ceará

45

Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo

46

Federação das Indústrias do Estado do Maranhão

47

Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso

48

Federação das Indústrias do Estado do Mato Grosso do Sul

49

Federação das Indústrias do Estado do Pará

50

Federação das Indústrias do Estado do Paraná

51

Federação das Indústrias do Estado do Piauí

52

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

53

Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte

54

Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul

55

Federação do Comércio Atacadista do Estado de Pernambuco

56

Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul

57

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas

58

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco

59

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amapá

60

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo

61

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais

62

Federação do Comércio do Distrito Federal

63

Federação do Comércio do Estado da Bahia

64

Federação do Comércio do Estado da Paraíba

65

Federação do Comércio do Estado de Alagoas

66

Federação do Comércio do Estado de Goiás

67

Federação do Comércio do Estado de Rondônia

68

Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina

69

Federação do Comércio do Estado de Sergipe

70

Federação do Comércio do Estado de Tocantins

71

Federação do Comércio do Estado do Acre

72

Federação do Comércio do Estado do Ceará

73

Federação do Comércio do Estado do Espírito Santo

74

Federação do Comércio do Estado do Maranhão

75

Federação do Comércio do Estado do Mato Grosso

76

Federação do Comércio do Estado do Mato Grosso do Sul

77

Federação do Comércio do Estado do Pará

78

Federação do Comércio do Estado do Piauí

79

Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro

80

Federação do Comércio do Estado do Rio Grande do Norte

81

Federação do Comércio do Paraná

82

 

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

 

Art. 4° Ficam revogados a Portaria SECEX nº 22, de 19 de outubro de 2010, publicada no D.O.U. de 20 de outubro de 2010, Seção I, p. 132; o art. 3º da Portaria SECEX nº 27, de 29 de novembro de 2010, publicada no D.O.U. de 30 de novembro de 2010, Seção I, p. 151; a Circular SECEX nº 18, de 7 de abril de 2009, publicada no D.O.U. de 8 de abril de 2010, Seção I, p. 81; e a Circular SECEX n° 38, de 25 de agosto de 2010, publicada no D.O.U. de 27 de agosto de 2010, Seção I, página 96.

 

WELBER BARRAL