LEI Nº 8.987, DE 13 DE
FEVEREIRO DE 1995
DOU 14/02/1995
REPUBLICADA 28/09/98
Dispõe
sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos
previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA
REPÚBLICA Faço
saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES
PRELIMINARES
Art. 1o As
concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços
públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da000000ituição Federal, por esta
Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis
contratos.
Parágrafo
único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios promoverão a revisão e as adaptações necessárias de sua legislação
às prescrições desta Lei, buscando atender as peculiaridades das diversas
modalidades dos seus serviços.
Art. 2º
Para os
fins do disposto nesta Lei, considera-se:
I -
poder concedente: a União, o Estado, o Distrito
Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público,
precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão;
II -
concessão de serviço público: a delegação de sua
prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência,
à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III -
concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção,
total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer
obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação,
na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que
o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração
do serviço ou da obra por prazo determinado;
IV -
permissão de serviço público: a delegação, a título
precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco.
Art. 3o As
concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscalização pelo poder concedente
responsável pela delegação, com a cooperação dos usuários.
Art.
4o A concessão de serviço público,
precedida ou não da execução de obra pública, será formalizada mediante contrato,
que deverá observar os termos desta Lei, das normas pertinentes e do edital de
licitação.
Art.
5o O poder concedente publicará,
previamente ao edital de licitação, ato justificando a conveniência da outorga
de concessão ou permissão, caracterizando seu objeto, área e prazo.
Capítulo II
DO SERVIÇO ADEQUADO
Art. 6o Toda
concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno
atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas
pertinentes e no respectivo contrato.
§
1o Serviço adequado é o que satisfaz as
condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade,
generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
§
2o A atualidade compreende a modernidade
das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a
melhoria e expansão do serviço.
§
3oNão se caracteriza como descontinuidade
do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso,
quando:
I - motivada por razões de ordem
técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário,
considerado o interesse da coletividade.
Capítulo III
DOS DIREITOS E OBRIGAÇÕES
DOS USUÁRIOS
Art.
7º. Sem prejuízo do disposto na Lei no
8.078, de 11 de setembro de 1990, são direitos e obrigações dos usuários:
II - receber do poder concedente e da concessionária informações
para a defesa de interesses individuais ou coletivos;
III - obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha
entre vários prestadores de serviços, quando for o caso, observadas as normas
do poder concedente. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
IV - levar ao conhecimento do poder público e da concessionária
as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado;
V - comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos
praticados pela concessionária na prestação do serviço;
VI - contribuir para a permanência das boas condições dos bens
públicos através dos quais lhes são prestados os serviços.
Art.
7º-A. As concessionárias de serviços públicos, de direito
público e privado, nos Estados e no Distrito Federal, são obrigadas a oferecer
ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas
opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos. (Incluído
pela Lei nº 9.791, de 1999)
Capítulo IV
DA POLÍTICA TARIFÁRIA
Art.
9o A tarifa do serviço público concedido
será fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas
regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
§
1º A tarifa não será subordinada à legislação específica
anterior e somente nos casos expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá
ser condicionada à existência de serviço público alternativo e gratuito para o
usuário. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
§
2º Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das
tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro.
§
3º Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação,
alteração ou extinção de quaisquer tributos ou encargos legais, após a
apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará a revisão da
tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso.
§
4º Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial
equilíbrio econômico-financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente
à alteração.
§ 5º A concessionária deverá divulgar em seu sítio eletrônico,
de forma clara e de fácil compreensão pelos usuários, tabela com o valor das
tarifas praticadas e a evolução das revisões ou reajustes realizados nos
últimos cinco anos. (Incluído pelo art. 1º,
da Lei nº 13.673, DOU 06/06/2018)
Art.
10. Sempre que forem atendidas as condições do contrato,
considera-se mantido seu equilíbrio econômico-financeiro.
Art.
11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço
público, poderá o poder concedente prever, em favor da concessionária, no
edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas
alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem
exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o
disposto no art. 17 desta Lei.
Parágrafo
único. As fontes de receita previstas neste artigo
serão obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro
do contrato.
Art.
13. As tarifas poderão ser diferenciadas em função das
características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento
aos distintos segmentos de usuários.
Capítulo V
DA LICITAÇÃO
Art.
14. Toda concessão de serviço público, precedida ou não
da execução de obra pública, será objeto de prévia licitação, nos termos da
legislação própria e com observância dos princípios da legalidade, moralidade,
publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação
ao instrumento convocatório.
Art. 15. No
julgamento da licitação será considerado um dos seguintes critérios: (Redação
dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
I - o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado;
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
II - a maior oferta, nos casos de
pagamento ao poder concedente pela outorga da concessão; (Redação dada pela Lei
nº 9.648, de 1998)
III - a combinação, dois a dois, dos critérios referidos nos
incisos I, II e VII; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
IV -
melhor proposta técnica, com preço fixado no edital;
(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
V -
melhor proposta em razão da combinação dos critérios
de menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado com o de melhor
técnica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
VI -
melhor proposta em razão da combinação dos critérios de maior oferta pela outorga
da concessão com o de melhor técnica; ou (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
VII - melhor oferta de pagamento pela outorga após
qualificação de propostas técnicas. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§
1o A aplicação do critério previsto
no inciso III só será admitida quando previamente estabelecida no edital de
licitação, inclusive com regras e fórmulas precisas para avaliação econômico-financeira.
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
§
2o Para fins de aplicação do disposto
nos incisos IV, V, VI e VII, o edital de licitação conterá parâmetros e exigências
para formulação de propostas técnicas. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de
1998)
§
3oO poder concedente recusará propostas
manifestamente inexequíveis ou financeiramente incompatíveis com os objetivos
da licitação. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
§
4oEm igualdade de condições, será
dada preferência à proposta apresentada por empresa brasileira. (Redação dada
pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art.
16. A outorga de concessão ou permissão não terá caráter
de exclusividade, salvo no caso de inviabilidade técnica ou econômica
justificada no ato a que se refere o art. 5o desta Lei.
Art.
17. Considerar-se-á desclassificada a proposta que, para
sua viabilização, necessite de vantagens ou subsídios que não estejam
previamente autorizados em lei e à disposição de todos os concorrentes.
§
1o Considerar-se-á, também,
desclassificada a proposta de entidade estatal alheia à esfera político-administrativa
do poder concedente que, para sua viabilização, necessite de vantagens ou
subsídios do poder público controlador da referida entidade. (Renumerado do
parágrafo único pela Lei nº 9.648, de 1998)
§
2o Inclui-se nas vantagens ou
subsídios de que trata este artigo, qualquer tipo de tratamento tributário
diferenciado, ainda que em conseqüência da natureza
jurídica do licitante, que comprometa a isonomia fiscal que deve prevalecer
entre todos os concorrentes. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art.
18. O edital de licitação será elaborado pelo poder concedente,
observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação
própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente:
I -
o objeto, metas e prazo da concessão;
II - a descrição das condições
necessárias à prestação adequada do serviço;
III - os prazos para recebimento das propostas, julgamento da
licitação e assinatura do contrato;
IV -
prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos
interessados, os dados, estudos e projetos necessários à elaboração dos orçamentos
e apresentação das propostas;
V -
os critérios e a relação dos documentos exigidos para
a aferição da capacidade técnica, da idoneidade financeira e da regularidade
jurídica e fiscal;
VI -
as possíveis fontes de receitas alternativas, complementares
ou acessórias, bem como as provenientes de projetos associados;
VII - os direitos e obrigações do poder concedente e da concessionária
em relação a alterações e expansões a serem realizadas no futuro, para garantir
a continuidade da prestação do serviço;
VIII - os critérios de reajuste e revisão da tarifa;
IX - os critérios, indicadores,
fórmulas e parâmetros a serem utilizados no julgamento técnico e econômico-financeiro
da proposta;
X - a indicação dos bens reversíveis;
XI - as características dos bens reversíveis e as condições
em que estes serão postos à disposição, nos casos em que houver sido extinta a
concessão anterior;
XII - a expressa indicação do responsável pelo ônus das
desapropriações necessárias à execução do serviço ou da obra pública, ou para a
instituição de servidão administrativa;
XIII
- as condições de liderança da empresa responsável,
na hipótese em que for permitida a participação de empresas em consórcio;
XIV -nos
casos de concessão, a minuta do respectivo contrato, que conterá as cláusulas
essenciais referidas no art. 23 desta Lei, quando aplicáveis;
XV -
nos casos de concessão de serviços públicos precedida
da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os
elementos do projeto básico que permitam sua plena caracterização, bem assim as
garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a cada
caso e limitadas ao valor da obra; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
XVI - nos casos de permissão, os termos do contrato de
adesão a ser firmado.
Art. 18-A. O
edital poderá prever a inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento,
hipótese em que: (Incluído pelo art 120 da Lei nº 11.196, DOU
22/11/2005)
I -encerrada a fase de classificação das propostas ou
o oferecimento de lances, será aberto o invólucro com os documentos de
habilitação do licitante mais bem classificado, para verificação do atendimento
das condições fixadas no edital; (Incluído pelo art
120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
II - verificado o atendimento das
exigências do edital, o licitante será declarado vencedor; (Incluído pelo art
120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
III -inabilitado o licitante melhor classificado, serão
analisados os documentos habilitatórios do licitante
com a proposta classificada em segundo lugar, e assim sucessivamente, até que
um licitante classificado atenda às condições fixadas no edital; (Incluído pelo
art
120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
IV - proclamado o resultado final
do certame, o objeto será adjudicado ao vencedor nas condições técnicas e econômicas
por ele ofertadas. (Incluído pelo art 120 da Lei nº 11.196, DOU
22/11/2005)
Art. 19.
Quando permitida, na licitação, a participação de empresas em consórcio, observar-se-ão
as seguintes normas:
I -
comprovação de compromisso, público ou particular, de
constituição de consórcio, subscrito pelas consorciadas;
II - indicação da empresa responsável pelo consórcio;
III - apresentação dos documentos exigidos nos incisos V e
XIII do artigo anterior, por parte de cada consorciada;
IV -
impedimento de participação de empresas consorciadas
na mesma licitação, por intermédio de mais de um consórcio ou isoladamente.
§
1oO licitante vencedor fica obrigado
a promover, antes da celebração do contrato, a constituição e registro do consórcio,
nos termos do compromisso referido no inciso I deste artigo.
§
2o A empresa líder do consórcio é a
responsável perante o poder concedente pelo cumprimento do contrato de concessão,
sem prejuízo da responsabilidade solidária das demais consorciadas.
Art.
20. É facultado ao poder concedente, desde que previsto
no edital, no interesse do serviço a ser concedido, determinar que o licitante
vencedor, no caso de consórcio, se constitua em empresa antes da celebração do
contrato.
Art.
21. Os estudos, investigações, levantamentos, projetos, obras
e despesas ou investimentos já efetuados, vinculados à concessão, de utilidade
para a licitação, realizados pelo poder concedente ou com a sua autorização,
estarão à disposição dos interessados, devendo o vencedor da licitação
ressarcir os dispêndios correspondentes, especificados no edital.
Art. 22. É
assegurada a qualquer pessoa a obtenção de certidão sobre atos, contratos,
decisões ou pareceres relativos à licitação ou às próprias concessões.
Capítulo VI
DO CONTRATO DE CONCESSÃO
Art. 23. São
cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
I -
ao objeto, à área e ao prazo da concessão;
II - ao modo, forma e condições de
prestação do serviço;
III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros
definidores da qualidade do serviço;
IV -
ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos
para o reajuste e a revisão das tarifas;
V -
aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente
e da concessionária, inclusive os relacionados às previsíveis necessidades de
futura alteração e expansão do serviço e conseqüente
modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações;
VI -aos direitos e deveres dos usuários para obtenção
e utilização do serviço;
VII -à
forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas
de execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la;
VIII
-às penalidades contratuais e administrativas a
que se sujeita a concessionária e sua forma de aplicação;
IX -
aos casos de extinção da concessão;
XI -
aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à
concessionária, quando for o caso;
XII -às
condições para prorrogação do contrato;
XIII
-à obrigatoriedade, forma e periodicidade da
prestação de contas da concessionária ao poder concedente;
XIV - à exigência da publicação de demonstrações financeiras
periódicas da concessionária; e
XV -ao foro e ao modo amigável de solução das
divergências contratuais.
Parágrafo
único. Os contratos relativos à concessão de serviço
público precedido da execução de obra pública deverão, adicionalmente:
I - estipular os cronogramas
físico-financeiros de execução das obras vinculadas à concessão; e
II - exigir garantia do fiel
cumprimento, pela concessionária, das obrigações relativas às obras vinculadas
à concessão.
Art.
23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de
mecanismos privados para resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao
contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa,
nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.
(Incluído pelo art 120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
Art.
25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido,
cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos
usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente
exclua ou atenue essa responsabilidade.
§
1o Sem prejuízo da responsabilidade a
que se refere este artigo, a concessionária poderá contratar com terceiros o
desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao
serviço concedido, bem como a implementação de projetos associados.
§
2oOs contratos celebrados entre a concessionária
e os terceiros a que se refere o parágrafo anterior reger-se-ão pelo direito
privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o
poder concedente.
§
3o A execução das atividades contratadas
com terceiros pressupõe o cumprimento das normas regulamentares da modalidade
do serviço concedido.
Art.
26. É admitida a subconcessão,
nos termos previstos no contrato de concessão, desde que expressamente autorizada
pelo poder concedente.
§
1oA outorga de subconcessão
será sempre precedida de concorrência.
§
2o O subconcessionário
se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente
dentro dos limites da subconcessão.
Art.
27. A transferência de concessão ou do controle societário
da concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade
da concessão.
§ 1o Para fins de obtenção da anuência de que trata o caput
deste artigo, o pretendente deverá: (Incluído pelo art
119 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
I - atender às exigências de
capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal
necessárias à assunção do serviço; e
II - comprometer-se a cumprir todas
as cláusulas do contrato em vigor.
§
2o (Revogado). (Alterado pelo art.
149 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
§
3o (Revogado). (Alterado pelo art.
149 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
§
4o (Revogado). (Alterado pelo art.
149 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
Art. 27-A. Nas condições estabelecidas no contrato de concessão, o
poder concedente autorizará a assunção do controle ou da administração temporária
da concessionária por seus financiadores e garantidores com quem não mantenha
vínculo societário direto, para promover sua reestruturação financeira e
assegurar a continuidade da prestação dos serviços. (Incluído pelo art.
150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
§ 1o Na hipótese
prevista no caput, o poder concedente exigirá dos financiadores e
dos garantidores que atendam às exigências de regularidade jurídica e fiscal,
podendo alterar ou dispensar os demais requisitos previstos no inciso I do
parágrafo único do art. 27. (Incluído pelo art. 150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
§ 2o A assunção
do controle ou da administração temporária autorizadas na forma do caput deste
artigo não alterará as obrigações da concessionária e de seus controladores
para com terceiros, poder concedente e usuários dos serviços públicos. (Incluído pelo art.
150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
§ 3o Configura-se o controle
da concessionária, para os fins dispostos no caput deste
artigo, a propriedade resolúvel de ações ou quotas por seus financiadores e
garantidores que atendam os requisitos do art. 116 da
Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976. (Incluído pelo art.
150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
§ 4o Configura-se a
administração temporária da concessionária por seus financiadores e garantidores
quando, sem a transferência da propriedade de ações ou quotas, forem outorgados
os seguintes poderes: (Incluído pelo art. 150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
I - indicar os membros do Conselho de Administração,
a serem eleitos em Assembleia Geral pelos acionistas, nas sociedades regidas
pela Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976; ou administradores, a serem eleitos
pelos quotistas, nas demais sociedades; (Incluído pelo art.
150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
II - indicar os membros do Conselho Fiscal, a serem
eleitos pelos acionistas ou quotistas controladores em Assembleia Geral; (Incluído pelo art.
150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
III -
exercer poder de veto sobre qualquer proposta submetida à votação dos acionistas
ou quotistas da concessionária, que representem, ou possam representar,
prejuízos aos fins previstos no caput deste artigo; (Incluído pelo art.
150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
IV - outros
poderes necessários ao alcance dos fins previstos no caput deste
artigo. (Incluído
pelo art. 150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
§ 5o A
administração temporária autorizada na forma deste artigo não acarretará responsabilidade
aos financiadores e garantidores em relação à tributação, encargos, ônus,
sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder concedente
ou empregados. (Incluído
pelo art. 150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
§ 6o O Poder Concedente
disciplinará sobre o prazo da administração temporária. (Incluído pelo art.
150 da Lei nº 13.097, DOU 20/01/2015)
Art.
28. Nos contratos de financiamento, as concessionárias poderão
oferecer em garantia os direitos emergentes da concessão, até o limite que não
comprometa a operacionalização e a continuidade da prestação do serviço.
Parágrafo
único. (Revogado pela Lei no 9.074, de 1995)
Art.
28-A. Para garantir contratos de mútuo de longo prazo,
destinados a investimentos relacionados a contratos de concessão, em qualquer
de suas modalidades, as concessionárias poderão ceder ao mutuante, em caráter
fiduciário, parcela de seus créditos operacionais futuros, observadas as
seguintes condições: (Incluído pelo art 120 da Lei nº 11.196, DOU
22/11/2005)
I - o contrato de cessão dos
créditos deverá ser registrado em Cartório de Títulos e Documentos para ter
eficácia perante terceiros; (Incluído pelo art
120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
II - sem prejuízo do disposto no
inciso I do caput deste artigo, a cessão do crédito não terá eficácia em
relação ao Poder Público concedente senão quando for este formalmente notificado;
(Incluído pelo art 120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
III - os créditos futuros cedidos nos termos deste artigo
serão constituídos sob a titularidade do mutuante, independentemente de
qualquer formalidade adicional; (Incluído pelo art
120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
IV - o mutuante poderá indicar
instituição financeira para efetuar a cobrança e receber os pagamentos dos
créditos cedidos ou permitir que a concessionária o faça, na qualidade de
representante e depositária; (Incluído pelo art
120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
V -
na hipótese de ter sido indicada instituição
financeira, conforme previsto no inciso IV do caput deste artigo, fica a concessionária
obrigada a apresentar a essa os créditos para cobrança; (Incluído pelo art
120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
VI - os pagamentos dos créditos
cedidos deverão ser depositados pela concessionária ou pela instituição
encarregada da cobrança em conta corrente bancária vinculada ao contrato de
mútuo; (Incluído pelo art 120 da Lei nº 11.196, DOU
22/11/2005)
VII - a instituição financeira depositária deverá
transferir os valores recebidos ao mutuante à medida que as obrigações do contrato
de mútuo tornarem-se exigíveis; e (Incluído pelo art
120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
VIII - o contrato de cessão disporá sobre a devolução à concessionária
dos recursos excedentes, sendo vedada a retenção do saldo após o adimplemento
integral do contrato. (Incluído pelo art 120 da Lei nº 11.196, DOU
22/11/2005)
Parágrafo
único.Para
os fins deste artigo, serão considerados contratos de longo prazo aqueles cujas
obrigações tenham prazo médio de vencimento superior a 5 (cinco) anos.
(Incluído pelo art 120 da Lei nº 11.196, DOU 22/11/2005)
Capítulo VII
Art. 29.
Incumbe ao poder concedente:
I -
regulamentar o serviço concedido e fiscalizar
permanentemente a sua prestação;
II -
aplicar as penalidades regulamentares e contratuais;
III -
intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei;
IV -
extinguir a concessão, nos casos previstos nesta Lei e
na forma prevista no contrato;
V -
homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas
na forma desta Lei, das normas pertinentes e do contrato;
VI -
cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares
do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
VII -
zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e
reclamações dos usuários, que serão cientificados, em até trinta dias, das providências
tomadas;
VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à
execução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente
ou mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade
pelas indenizações cabíveis;
IX - declarar de necessidade ou
utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, os bens
necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou
mediante outorga de poderes à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade
pelas indenizações cabíveis;
X -
estimular o aumento da qualidade, produtividade,
preservação do meio-ambiente e conservação;
XI -
incentivar a competitividade; e
XII -
estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses
relativos ao serviço.
Art.
30. No exercício da fiscalização, o poder concedente terá
acesso aos dados relativos à administração, contabilidade, recursos técnicos,
econômicos e financeiros da concessionária.
Parágrafo
único. A fiscalização do serviço será feita por
intermédio de órgão técnico do poder concedente ou por entidade com ele conveniada,
e, periodicamente, conforme previsto em norma regulamentar, por comissão composta
de representantes do poder concedente, da concessionária e dos usuários.
Capítulo VIII
DOS ENCARGOS DA CONCESSIONÁRIA
Art. 31.
Incumbe à concessionária:
I -
prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei,
nas normas técnicas aplicáveis e no contrato;
II -
manter em dia o inventário e o registro dos bens
vinculados à concessão;
III -prestar
contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos termos
definidos no contrato;
IV - cumprir e fazer cumprir as normas
do serviço e as cláusulas contratuais da concessão;
V -
permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso,
em qualquer época, às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes do
serviço, bem como a seus registros contábeis;
VI -
promover as desapropriações e constituir servidões
autorizadas pelo poder concedente, conforme previsto no edital e no contrato;
VII - zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação
do serviço, bem como segurá-los adequadamente; e
VIII - captar, aplicar e gerir os recursos financeiros
necessários à prestação do serviço.
Parágrafo único.
As contratações, inclusive de mão-de-obra, feitas pela concessionária serão
regidas pelas disposições de direito privado e pela legislação trabalhista, não
se estabelecendo qualquer relação entre os terceiros contratados pela concessionária
e o poder concedente.
Capítulo IX
DA INTERVENÇÃO
Art. 32. O
poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a
adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais,
regulamentares e legais pertinentes.
Parágrafo
único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente,
que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos
e limites da medida.
Art. 33.
Declarada
a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar
procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e
apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1o Se
ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e
regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente
devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização.
§
2oO procedimento administrativo a que
se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no prazo de até
cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
Art.
34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão,
a administração do serviço será devolvida à concessionária, precedida de
prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos atos praticados
durante a sua gestão.
Capítulo X
DA EXTINÇÃO DA CONCESSÃO
Art.
35. Extingue-se a concessão por:
I -
advento do termo contratual;
VI -
falência ou extinção da empresa concessionária e
falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
§
1oExtinta a concessão, retornam ao poder
concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário
conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.
§
2oExtinta a concessão, haverá a
imediata assunção do serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos
levantamentos, avaliações e liquidações necessários.
§
3o A assunção do serviço autoriza a ocupação
das instalações e a utilização, pelo poder concedente, de todos os bens
reversíveis.
§
4oNos casos previstos nos incisos I e
II deste artigo, o poder concedente, antecipando-se à extinção da concessão,
procederá aos levantamentos e avaliações necessários à determinação dos montantes
da indenização que será devida à concessionária, na forma dos arts. 36 e 37 desta Lei.
Art.
36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com
a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis,
ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo
de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
Art.
37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder
concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante
lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do
artigo anterior.
Art.
38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará,
a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a
aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do
art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.
§
1oA caducidade da concessão poderá
ser declarada pelo poder concedente quando:
I - o serviço estiver sendo
prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios,
indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II - a concessionária descumprir
cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer
para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
IV - a concessionária perder as
condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação
do serviço concedido;
V - a concessionária não cumprir
as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI - a concessionária não atender
a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do
serviço; e
VII -a concessionária não atender a intimação do poder concedente
para, em 180 (cento e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a
regularidade fiscal, no curso da concessão, na forma do art. 29 da Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993.(Alterado pelo art. 20
da Lei nº 12.767, DOU 28/12/2012)
§
2oA declaração da caducidade da concessão
deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo
administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.
§
3oNão será instaurado processo
administrativo de inadimplência antes de comunicados à concessionária,
detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º deste artigo,
dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o
enquadramento, nos termos contratuais.
§
4o Instaurado o processo
administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por
decreto do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada
no decurso do processo.
§
5o A indenização de que trata o
parágrafo anterior, será devida na forma do art. 36 desta Lei e do contrato,
descontado o valor das multas contratuais e dos danos causados pela concessionária.
§
6oDeclarada a caducidade, não
resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em
relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com
empregados da concessionária.
Art.
39. O contrato de concessão poderá ser rescindido por
iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais
pelo poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse
fim.
Parágrafo
único. Na hipótese prevista no caput deste
artigo, os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos
ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado.
Capítulo XI
DAS PERMISSÕES
Art. 40. A
permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que
observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de
licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato
pelo poder concedente.
Parágrafo
único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei.
Capítulo XII
DISPOSIÇÕES FINAIS E
TRANSITÓRIAS
Art.
41. O disposto nesta Lei não se aplica à concessão,
permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e
imagens.
Art.
42. As concessões de serviço público outorgadas anteriormente
à entrada em vigor desta Lei consideram-se válidas pelo prazo fixado no contrato
ou no ato de outorga, observado o disposto no art. 43 desta Lei. (Vide Lei nº
9.074, de 1995)
§
1oVencido o prazo da concessão, o poder
concedente procederá a sua licitação, nos termos desta Lei.
§
2oAs concessões em caráter precário,
as que estiverem com prazo vencido e as que estiverem em vigor por prazo
indeterminado, inclusive por força de legislação anterior, permanecerão válidas
pelo prazo necessário à realização dos levantamentos e avaliações
indispensáveis à organização das licitações que precederão a outorga das concessões
que as substituirão, prazo esse que não será inferior a 24 (vinte e quatro)
meses.
Art.
43. Ficam extintas todas as concessões de serviços
públicos outorgadas sem licitação na vigência da Constituição de 1988.(Vide Lei nº 9.074, de 1995)
Parágrafo
único. Ficam também extintas todas as concessões outorgadas
sem licitação anteriormente à Constituição de 1988, cujas obras ou serviços não
tenham sido iniciados ou que se encontrem paralisados quando da entrada em vigor
desta Lei.
Art.
44. As concessionárias que tiverem obras que se encontrem
atrasadas, na data da publicação desta Lei, apresentarão ao poder concedente,
dentro de cento e oitenta dias, plano efetivo de conclusão das obras.(Vide Lei nº 9.074, de 1995)
Parágrafo
único. Caso a concessionária não apresente o plano a
que se refere este artigo ou se este plano não oferecer condições efetivas para
o término da obra, o poder concedente poderá declarar extinta a concessão,
relativa a essa obra.
Art.
45. Nas hipóteses de que tratam os arts.
43 e 44 desta Lei, o poder concedente indenizará as obras e serviços realizados
somente no caso e com os recursos da nova licitação.
Parágrafo
único. A licitação de que trata o caput deste
artigo deverá, obrigatoriamente, levar em conta, para fins de avaliação, o
estágio das obras paralisadas ou atrasadas, de modo a permitir a utilização do
critério de julgamento estabelecido no inciso III do art. 15 desta Lei.
Art.
46. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art.
47. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 13 de fevereiro de 1995; 174o da Independência e
107o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Nelson Jobim