Ministro participou de seminário sobre o tema, promovido hoje pela CNI e Apex-Brasil. Evento ocorre durante visita do chanceler iraniano, Mohammad Zarif, ao Brasil
Brasília, (10 de abril) – O ministro da indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, participou hoje da abertura do Seminário de Relações Econômicas e Comerciais Brasil-Irã, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Apex-Brasil. Na sequência, integrou comitiva brasileira que recebeu o chanceler do Irã, Mohammad Zarif, ao lado do ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes, no Palácio do Itamaraty.
“Podemos desenvolver projetos conjuntos, com benefícios mútuos, em segmentos como máquinas e equipamentos, petróleo e gás, mineração, petroquímica, aviação, autopeças, entre tantos outros”, disse Marcos Jorge, em discurso voltado aos empresários brasileiros e à delegação da República Islâmica do Irã, na CNI.
Segundo as estatísticas brasileiras, compiladas no MDIC, o intercâmbio de bens totalizou, em 2017, US$ 2,6 bilhões. A avaliação, no entanto, é de que as trocas comerciais seguem trajetória de ascensão. “Nosso intercâmbio comercial ainda é modesto, mas aponta para grande potencial de crescimento”, ponderou o ministro brasileiro.
Potencial
Marcos Jorge lembrou, ainda, que foi criado na Camex um grupo técnico específico para identificação de meios para tratar da relação econômica bilateral. O objetivo de avançar em relação aos entraves às relações comerciais com o Irã, como as restrições bancário-financeiras.
“O governo tem mantido contatos com os bancos comerciais brasileiros, assim como acompanhado o estabelecimento de relações bancárias do Irã com outros países, com vistas a informar os bancos brasileiros da evolução da situação iraniana”, relatou. “Trata-se, naturalmente, de um trabalho de engajamento contínuo e sereno, com vistas a fomentar um ambiente de confiança mútua, em um contexto de crescentes tensões comerciais e adversidades que se observa no cenário global”, completou.
Em 2017, as exportações brasileiras para o Irã atingiram U$S 2,56 bilhões, e as importações provenientes do Irã alcançaram US$ 40 milhões. Assim, houve superávit de US$ 2,51 bilhões para o Brasil – ou seja, o intercâmbio bilateral é quase que integralmente composto pelas exportações brasileiras.
De 2014 a 2017, as exportações brasileiras para o Irã cresceram 178%, saltando de US$ 1,43 bilhões para o atual patamar de US$ 2,6 bilhões, estabelecendo novo recorde histórico, superando o montante de US$ 2,33 bilhões registrados em 2011.
Os principais produtos da pauta exportadora são: milho em grãos (60,9%), soja (16%), carne de bovino (13%). Já as importações se concentraram, principalmente, em: uvas (25%), borracha (16%) e pistache (10%).
Fonte: mdic.gov.br