Brasília (18 de agosto) – Arquitetos de regiões fronteiriças do Brasil com a América do Sul foram capacitados para exportarem seus serviços para os países vizinhos. Sete oficinas do projeto “Exportando a Arquitetura Brasileira” foram realizadas entre março e junho no AP, MS, PR, SC e RS e o projeto que se iniciou com o objetivo de trabalhar escritórios fronteiriços foi estendido para o Rio de Janeiro e São Paulo, em oficinas realizadas nos últimos dias 10 e 11 de agosto.
A iniciativa é coordenada pelo Conselho Federal de Arquitetura (CAU) e contou com a participação Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), da Apex Brasil e da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea).
Os principais objetivos do projeto são capacitar os profissionais e escritórios de arquitetura e urbanismo situados em regiões fronteiriças a atuarem em países limítrofes da América do Sul, incluindo a Guiana Francesa, posicionar internacionalmente os profissionais e escritórios de arquitetura e urbanismo , além de aumentar o número de exportações de serviços arquitetura e urbanismo.
Foram realizadas sete oficinas em Foz do Iguaçu (PR), Santana do Livramento (RS), Chapecó (SC), Dourados (MS) e Macapá (AP), além de Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo a diretora de Competitividade Internacional em Comércio e Serviços do MDIC, Renata Carvalho, a Secretaria de Comércio e Serviços tem trabalhado para, em conjunto com o setor privado, aumentar a competividade do setor de serviços, apoiando iniciativas concretas que possam trazer resultados positivos para o aumento da exportação de serviços do país.
“O Brasil possui mais de 150 mil arquitetos e a arquitetura brasileira sempre foi reconhecida em diversos países do mundo. No entanto, as exportações brasileiras de arquitetura representam menos de 1% do total exportado pelo Brasil. Queremos O incrementar esses números”, afirma.
O CAU e a Asbea fazem parte do Fórum de Alavancagem das Exportações de Serviços do Brasil que tem por objetivo reunir entidades do setor privado e do governo para trabalhar em uma agenda que possibilite o aumento da competitividade do setor de serviços em sua atuação internacional.
Fortelecer a arquitetura nacional
O coordenador da Comissão de Relações Internacionais do CAU, conselheiro Fernando Diniz, destaca que, desde 2014, a comissão tem buscado se aliar a instituições estrangeiras com o objetivo de fortalecer a atuação da arquitetura nacional pelo mundo. “Queremos ampliar o mercado e aumentar nossa presença no mercado exterior, tanto em termos econômicos como culturais”, afirma. “O Brasil precisa explorar o potencial desses escritórios de fronteira, nessas áreas existem demandas muito importantes para o desenvolvimento regional”, ressalta.
Durante as oficinas, a Secretaria de Comércio e Serviços do MDIC falou com os arquitetos sobre Siscoserv, as estatísticas do Comércio Exterior de Arquitetura e sobre a tributação na exportação de serviços. As oficinas foram gravadas. Tanto os vídeos como o material didático utilizado estão disponíveis no site do CAU
Fonte: mdic.gov.br