Confira um resumo das principais notícias do mundo do suco

Publicado 29/11/2019

Indicação Geográfica

O Rio de Janeiro será o primeiro Estado brasileiro a adotar a Indicação Geográfica (IG) para laranjas. Segundo o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), a região de Tanguá e a chamada Laranja de Itaboraí comprovaram qualidades únicas no mundo. De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuário do Rio de Janeiro, em dezembro de 2018, 830 citricultores fluminenses realizavam uma colheita superior a 70 mil toneladas da fruta.

Estudos estão sendo feitos para comprovar que a doçura específica da laranja produzida na região é uma característica referente ao solo onde as frutas são produzidas. A IG da laranja pode beneficiar produtores locais e ter seu valor aumentado. 

Flórida em recuperação

De acordo com o jornal The Parker, as boas condições de cultivo que os citricultores da Flórida tiveram nesta safra podem incrementar a colheita em 3,4% em comparação com a safra passada. O USDA divulgou, no dia 8 de novembro, que a safra é estimada em 74 milhões de caixas de laranja, 3% acima da safra passada, 4,6 milhões de caixas de toranja, 2% acima. Já a colheita de tangerina e mandarins, é projetada em 1 milhão de caixas, 6% acima da temporada anterior.

Pressão à vista

O jornal norte-americano The Ledger publicou nesta semana que os produtores de citrus da Flórida estariam pressionando o governo a comprar suco de laranja, para uma recuperação do mercado na safra 2019/2020. 

Segundo a publicação, a Florida Citrus Mutual e um grupo de produtores estão pedindo que as compras atinjam US$ 90 milhões, ou 6 milhões de caixas de laranja (8% da safra). O plano do governo era comprar US$ 47 milhões. O pedido foi feito no começo de novembro e teve o apoio de 17 membros do Congresso.

Suco-Não-Concentrado

Saiu no FoodNews desta semana: A Espanha exportou quase 156 mil toneladas de suco de laranja NFC nos três primeiros trimestres de 2019, um aumento de 15% em relação às exportações do ano passado, que chegaram a 133,5 mil toneladas. A França continua sendo o maior comprador. O país importou 106 mil toneladas de NFC espanhol.

Já a Holanda vem em segundo, com 7.160 mil toneladas e a Alemanha, em terceiro, com 6.810 mil toneladas. 

Importações espanholas

Durante a safra 2018/2019, a Espanha importou 237 milhões de quilos de frutas cítricas, segundo o Serviço de Estatística Estacom (Icex-Tax Agency), no período de 1 de setembro até 31 de agosto de 2019. As importações somaram € 201 milhões, 44,1% a mais que 10 anos antes, com preço médio cotado em € 0,85 / kg.

Das importações totais, 28,3% foram originadas na Argentina (67 milhões de quilos), totalizando €63 milhões, com preços médios de € 0,934 / kg. Em seguida, vem Portugal, com 56 milhões de quilos de frutas cítricas vendidos para a Espanha, totalizando € 43,5 milhões e preço médio de € 0.788 / kg.

Problemas gerais

A África do Sul está tendo mais um ano de boa colheita de citrus, informou o IEGVu. A Citrus Growers Association (CGA) divulgou os volumes de exportação de 2019: exportou 126 milhões de caixas de frutas, cerca de 10 milhões de caixas a menos que na temporada de 2018, apesar das dificuldades climáticas e dos graves problemas nos portos do país. 

As condições de seca nas áreas do norte do país afetaram gravemente alguns produtores e inibiram a produção. Além disso, uma longa greve no Terminal de Contêineres de Ngqura, perto de Port Elizabeth, além de problemas com infraestrutura, pessoal e logística em todos os portos da África do Sul, dificultaram a vida dos exportadores de produtos frescos.

Meu limoeiro Hermano

Os preços do suco de limão estão estáveis, informou o FoodNews. A esperança, segundo o informativo, são os óleos essenciais obtidos da fruta tenham uma demanda maior no futuro.

Os preços argentinos de suco de limão de 400 gpl foram fixados em US$ 2.000 por tonelada em Buenos Aires, mas há rumores de que haverá aumento. As limonadas e bebidas similares estão ficando mais populares e há novos produtos sendo desenvolvidos, o que deve elevar a demanda. 

Os preços do óleo de limão, segundo o IEGVu permanecem fracos, em torno de US$ 17 por quilo, mas já foram tão baixos quanto US$ 14-15 / kg e tão altos quanto US$ 18-19 / kg. Os preços do óleo de laranja também são fracos, em torno de US$ 4,50-5,0 / kg. 

Mercado frágil

Nos Estados Unidos, as vendas de sucos em garrafas caíram 1,4% nas 52 semanas encerradas em 6 de outubro, quando comparadas ao ano anterior, terminando em US$ 5,5 bilhões. Segundo o IRI Worldwide, conforme relatado pelo Food Institute, as vendas unitárias caíram 2,4% no período, para 2,3 bilhões. As bebidas de frutas engarrafadas foram as mais vendidas em dólares durante o mesmo período, apesar de uma queda de 2,5%, para US$ 1,6 milhão.

Abacaxi em queda

As exportações de suco de abacaxi concentrado para a Holanda, que é o destino mais importante para este setor, caíram 10 mil toneladas nesta safra, chegando em 48 mil toneladas (58 mil toneladas em 2018). No entanto, essa queda foi compensada pelo aumento de vendas para os Estados Unidos, que consumiram 17.450 toneladas (13.145 toneladas em 2018), Bélgica, com 16.770 (7.530 toneladas em 2018). 

Concorrência acirrada

As vendas PJC da Costa Rica caíram para 17,7 mil toneladas em 2019 (20 mil toneladas em 2018) e cerca de 7 mil toneladas foram para a Holanda (9 mil toneladas em 2018) e para a Espanha, 2 mil toneladas (3 mil no ano passado). O país enfrentou uma concorrência acirrada com a Tailândia nos últimos dois anos.

Fonte: citrusbr.com